sábado, 8 de junho de 2013

O Código Da Vinci

Não se pode negar que Dan Brown estudou muito na vida. Suas pesquisas históricas são ricas de informações corretas, dando mais ênfase ao fato histórico para depois encaixar sua trama. Dessa vez ele toca no clichê das sociedades secretas, mas de sua forma, que mesmo não escapando do clichê, deixa agradável. A trama começa com um assassinato em pleno Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma possível conspiração para revelar um segredo mantido desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima, Jacques Saunière, um respeitado curador do museu, e um dos líderes de uma antiga fraternidade. É mais do que motivos para Robert Langdon, o simbologista favorito de muitos leitores e amantes da literatura de suspense retornar ao mundo. Se em Anjos & Demônios ele teve ajuda de uma mulher, nesse, claro, não seria nada diferente. Sophie Neveu, brilhante criptógrafa entra no grupo dos inteligentes que podem salvar o mundo.

Mesmo preso em clichês convencionais, Brown ainda espanta em criar seus próprios clichês, e fazer deles a sua marca registrada. É clichê demais não ter personagens que se preocupam em beber um copo de água, ou até mesmo não sentir fome. Claro que isso atrapalharia no desenvolvimento da trama, isso é inquestionável, mas as necessidades humanas são sempre esquecidas quando na verdade, precisam apenas. Sendo assim, Langdon e Neveu são imbatíveis com pontos de vistas que só eles podem juntos poderiam ter. Ainda no começo do livro, nota-se que a trama está muito bem armada com o susto do Langdon ao deparar-se com o fato do curador morto estar ligado com Priorado de Sião - uma história sociedade secreta que teve como membros personalidades como Sir. Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo Da Vinci.

Com sua inteligência, Langdon não demorar para perceber que está no encalço de um espantoso segredo histórico, que com o passar dos séculos, mostrou-se ao mesmo tempo esclarecedor e perigoso. Em uma corrida contra o tempo entre Paris e Londres, os protagonistas mediram forças com um oponente poderoso e até então desconhecido, que muito parece prever cada um de seus passos.

Rompendo todos os padrões da literatura de suspense, O Código Da Vinci é ao mesmo tempo dinâmico, inteligente e entremeado com seus detalhados trabalhos de pesquisas. Logo em primeiras páginas guiadas pelas impressões do que não pode ser previsto, o celebrado autor Dan Brown revela-se um dos mestres do gênero.

E mais uma vez, vem o clichê. Dessa vez no comentário de todos em dizer que Brown estraga seus livros com seus finais. Todos o desenvolver do livro é enormemente envolvente. Todos os leitores ficariam impressionados com o que reservam para o final. Se envolver numa trama história, milenar e poderosa é sempre o ponto positivo para Brown e seu personagem Robert Langdon, mas o próprio criador não consegue encontrar a criação numa reta final perfeita, deixando todos com gosto de quero mais, infelizmente.

Autor: Dan Brown
Tradução: Celina Cavalcante Falck-Cook
Gênero: Suspense
Editora: Sextante
Nota: 3,5

2 comentários:

  1. Olá!
    Não o livro ainda, mas já vi o filme.
    Sei que são duas coisas bem diferentes, normalmente o livro é 100 vezes melhor e pretendo ler para conferir.
    Não sei se leria ele muito rápido, já que não me interesso MUITO por esse tema.

    André Luiz
    www.viajandonoslivros.com

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  2. Ainda não li esse livro, mas tenho uma enorme vontade.
    Até mais.
    http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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