terça-feira, 18 de junho de 2013

Max e os Felinos

O mundo é naturalmente perigoso. Desde os tempos das cavernas, o homem enfrentou diversos perigos no na Fauna e na Flora. Fora outras tribos, que por muito tornaram-se aldeias, depois vilarejos, e hoje, nós vemos nos formatos de nações. A Fauna mudou de aparência, e a Flora foi substituída por concreto e ferro. Em meio ao concreto e ferro, o leitor conhecerá Max, um jovem alemão sensível criado pela severidade do pai, que sempre lhe colocou a visão do mundo pelo medo e insegurança. O pai, um comerciante de peles de animais tem o próprio filho como funcionário. Entre as peles da loja, Max teme, sempre pelo susto do deparar-se, um jaguar empalhado no meio da loja no tamanho e aparência ameaçadora natural. O jaguar empalhado talvez seja a maior representação de um trauma para o garoto, que por natureza, sempre foi sensível ao que via. Max sonha, por vários momentos, apenas ser alguém importante para alguém, ou para a visão de vários na sociedade. É com esse medo, um tanto imaturo, que envolve-se com Frida, empregada de seu pai em seu estabelecimento e, o mais grave, esposa de um militar nazista. Se tentar ser alguém para o Max era algo complicado, para tentar isso mais uma vez, e dessa vez certo, teria de sair da Alemanha para nem de perto correr o risco de ser assassinado por um pecado da qual não teve conhecimento que poderia comete-lo.

Moacyr Scliar é inquestionável! Seus cuidados na criação do Max é notável. As descrições de locais são postas de lado, mas a prioridade do autor, sem dúvida, é descrever os momentos e sentimentos dos personagens com enfase. É importante, na visão de Scliar, que o leitor entenda, antes de tudo, como Max entende o mundo. Se existe um problema em Max ser alguém para alguém, é notável para todos, menos para o Max, que não importa como ele enxerga o mundo e seu redor, mas como o mundo o enxerga. Scliar consegue fazer de seu livro, três livros diferentes só com o Max tentando ser alguém.

O incrível, é que sem perder o foco, Scliar escreveu três livros em um. Começar a vida na Alemanha onde a repressão e o medo sempre foi presente, e cada vez mais se convive com isso, é pensar como um livro tão simples recebeu uma notoriedade por um possível plágio. O "segundo livro" é onde todos notam de node vem o plágio. O náufrago durante a viagem para o Brasil revela, desta vez com mais força, o medo de Max pelos felinos grandes. Dividir um bota salva-vidas com um jaguar real é tão complicado quando dividir um bota salva-vidas com um tigre de bengala. Se o medo em ter algo artificial em sua vida era grande, temer, com justificativa, um jaguar real é mais do que compreensível. A ameaça de espécies diferentes no mesmo pequeno espaço no meio do Oceano não é de espantar. Ambos sentem medo de ambos, mesmo não aparentando. O "terceiro livro" tem um toque político muito forte. Um estrangeiro ilegal num país onde a cultura é completamente diferente, sem contar com o clima tropical, sem dúvida seria uma aventura politizada dos costumes e desafios que o povo brasileiro iria impor ao jovem alemão assustado. Conseguir emprego para pagar aluguel, casa para morar, pessoas para confiar, sem falar em pessoas para, mais uma vez, aceitá-lo. Nada que não se veja, claro, hoje em dia. Mas são esses capítulos que deixam o livro confuso em vários momentos. Todos os capítulos tem nomes de felinos de grande porte, mas não se aparecem. As feras que enfrentam Max são de longe feras que obviamente ele iria enfrentar um dia. E o Jaguar, cadê? É justamente nesse momento que se entende-se o plágio e o aproveitamento de uma ideia mal aproveitada. De toda forma, Scliar é inquestionável na sua obra de arte.

Inquestionável também foi a edição que a L&PM Editores lançaram. Uma verdadeira obra de arte em capa dura, com um pequeno texto resumindo a vida e a obra de Scliar e uma ótima introdução do livro por Regina Zilberman. Como se não bastasse, ainda lançaram com um texto escrito pelo próprio Scliar sobre as controvérsias entre Max e os Felinos e A Vida de Pi, explicando exatamente o seu ponto de vista entre os dois livros. E um posfácio escrito pela Zilá Bernd. Imperdível! Muitas pessoas vão entender bem o que se passa entre os dois livros com essa edição, basta procurá-la e ler atenciosamente onde está a semelhança de cada um, e embarcar com seu felino particular.

Autor: Moacyr Scliar
Gênero: Literatura Brasileira
Editora: L&PM Editores
Nota: 4,0

sábado, 15 de junho de 2013

A Morte de Bunny Munro

Ser viciado em sexo é doença, mas ser sexista seria o quê?Definitivamente, A Morte de Bunny Munro é a prova de que Nick Cave é um multi-artista, mas um ótimo músico. Não se resumir em apenas mais um artista da música é seu maior trunfo, mas tentar emplacar a todo custo como escritor vai lhe tirar o carisma. Deixando seus pequenos erros de lado, mesmo assim, arriscou. História muito bem bolada, com protagonista muito bem pensado e desenrolar inesperado. Resumir esse livro como algo simples não seria exagero, ele é simples demais. A relação forçada por um suicídio de esposa, faz com que o pai, Bunny, tenha que cuidar do filho que nunca foi seu atrativo, Bunny Junior, ou Bunny Boy, como o próprio pai o chama.

Trair nunca foi muita dificuldade de pessoas mal criadas, nem magoar pessoas, nem roubá-las, e seja lá qual for a forma que pessoas infiéis encaram a vida. Não importa, até o exato momento, descobrir de onde vem a vontade de trair, o que importa é a raiva causada pela traição. É quase isso que Cave tenta abordar em seu livro, mas de uma forma inteligente, mais superficial, deixando espaço para interpretação do leitor. Se trair causa raiva, entre outros sentimentos, quem trai não sente nada? Seria impossível dizer que não sente, mas pensando bem, sentem sim. Mesmo que seja uma gripe, ou uma dor de cabeça, o que importa é o que eles sentem.

Em resumo, o sexo é um vício complicado de ser vencido, e se de fato desejam um dia vencê-lo. O problema é o sexismo. Imaginar qualquer pessoa pelada, ou como alguém se comporta quando excitado e excitar-se com isso é algo inexplicável. Bunny chega a ter fetiches esquisitos e descritos pelo autor de uma forma muito bem humorada, com a Avril Lavigne e Kelly Minogue, chegando a masturbar-se pensando em simplesmente como seria o formato de suas vaginas quando depiladas e molhadas. O cinismo de Bunny chega a ser muito identificado por muitos leitores pelo simples fato de que "nosso maior objetivo é o ser prazer" poderia ser o slogan mal elaborado de qualquer empresa no mundo real.

Se resumir o livro de Nick Cave de simples seria um crime, dizer que escrever um livro para no fim resumir o mesmo em dizer que o que assombra o homem é o amor, o arrependimento e a saudade é quase pensar e tentar entender como o desenrolar demorou tanto para resumir-se nisso. O problema do Cave não são suas descrições sem detalhes aprofundados, nem seus personagens que por hora são interessantes e outrora são péssimos seres humanos de se conviver. Enrolar para ganhar folhas nem sempre foi uma boa causa para alguns leitores, mas compreender os motivos de uma história longa e fácil de ser resumida é fácil. E para alegria de quem lê, Cave não deixa seu livro sem pé e nem cabeça, todos os nós são laçados. E para mais alegria dos leitores, consegue fugir do clichê muito bem.

Autor: Nick Cave
Tradução: Fabiano Moraes
Gênero: Literatura Estrangeira
Editora: Record
Nota: 3,5

domingo, 9 de junho de 2013

Meme - 7 Pecados da Leitura

Quem me indicou na brincadeira foi a Luana, do Doce Madrepérola

Pequenas regrinhas:

- Lincar o blog que te indicou.
- Responder às perguntas.
- Indicar quantos blogs quiser



GANÂNCIA - Qual o seu livro mais caro? (e qual é o mais barato também?)
Sendo bem honesto, não lembro do mais barato. Tudo que é barato passam despercebidos, então os livros não seriam nada diferentes. Mas o mais caro que comprei foi um livro chamado Montanha Gelada, do Charles Frazier. Na época que comprei, me custou 70 reais, mas se eu não me engane, o mesmo custa hoje 57 reais.

IRA - Com qual autor você tem uma de amor e ódio?
George R. R. Martin.

GULA - Qual o livro que você devorou rapidinho e sempre relê?
Reler, eu só fiz isso com os que abandonei, com uma exceção, que foi O Mundo de Sofia. Li esse livro nas férias do segundo grau, e lembro que foram quatro dia. OK, que hoje eu leio muito mais rápido, mas lembro que fiquei bem impressionado com minha fome nesse livro.

PREGUIÇA - Qual livro você começou a ler, mas sempre deixa como segunda opção?
Estou no Crônicas de Gelo e Fogo - A Guerra dos Tronos há minimamente dois meses. E também não consigo terminar Dom Casmurro, mesmo achando ele bem interessante.

ORGULHO - Qual livro da sua estante mais se orgulha de ter/falar sobre?
Sendo mais uma vez honesto, não sei responder essa pergunta sem lembrar de vários. Mas acho que o qual eu sempre falo é o Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios, do Marçal Aquino. Além de ter um belo título, o texto também é muito admirável. Acabo sempre indicando ele para qualquer pessoa que me pede indicações.

LUXÚRIA - Qual o maior gasto que já cometeu? (vale tanto o valor quanto em quantidade de livros) Quando foi isso?
Acredito, que em uma só compra, cheguei a pagar 250 reais. Não lembro exatamente quando, mas lembro que na época eu trabalhava e recebia um salário legal para uma pessoa com 19(?) anos de idade.

INVEJA - Qual livro você sempre vê por ai, todo mundo tem e você deseja ardentemente?
Não digo inveja, e por motivos de "descaso" eu ainda não tenho Ensaio Sobre a Cegueira e O Amor dos Tempos do Cólera. Sempre compro algo que eu jugo mais difícil de ser encontrado.

Para estes desafio, eu indico:

Mariana Paixão
Marcela Marques
Karine Braschi
Mayse Silva
Neriana Rocha
Lucas Souza
Rafaela Oliveira
Ka Kozniak
Maylla Rolim
Maurício Brillinger

sábado, 8 de junho de 2013

O Código Da Vinci

Não se pode negar que Dan Brown estudou muito na vida. Suas pesquisas históricas são ricas de informações corretas, dando mais ênfase ao fato histórico para depois encaixar sua trama. Dessa vez ele toca no clichê das sociedades secretas, mas de sua forma, que mesmo não escapando do clichê, deixa agradável. A trama começa com um assassinato em pleno Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma possível conspiração para revelar um segredo mantido desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima, Jacques Saunière, um respeitado curador do museu, e um dos líderes de uma antiga fraternidade. É mais do que motivos para Robert Langdon, o simbologista favorito de muitos leitores e amantes da literatura de suspense retornar ao mundo. Se em Anjos & Demônios ele teve ajuda de uma mulher, nesse, claro, não seria nada diferente. Sophie Neveu, brilhante criptógrafa entra no grupo dos inteligentes que podem salvar o mundo.

Mesmo preso em clichês convencionais, Brown ainda espanta em criar seus próprios clichês, e fazer deles a sua marca registrada. É clichê demais não ter personagens que se preocupam em beber um copo de água, ou até mesmo não sentir fome. Claro que isso atrapalharia no desenvolvimento da trama, isso é inquestionável, mas as necessidades humanas são sempre esquecidas quando na verdade, precisam apenas. Sendo assim, Langdon e Neveu são imbatíveis com pontos de vistas que só eles podem juntos poderiam ter. Ainda no começo do livro, nota-se que a trama está muito bem armada com o susto do Langdon ao deparar-se com o fato do curador morto estar ligado com Priorado de Sião - uma história sociedade secreta que teve como membros personalidades como Sir. Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo Da Vinci.

Com sua inteligência, Langdon não demorar para perceber que está no encalço de um espantoso segredo histórico, que com o passar dos séculos, mostrou-se ao mesmo tempo esclarecedor e perigoso. Em uma corrida contra o tempo entre Paris e Londres, os protagonistas mediram forças com um oponente poderoso e até então desconhecido, que muito parece prever cada um de seus passos.

Rompendo todos os padrões da literatura de suspense, O Código Da Vinci é ao mesmo tempo dinâmico, inteligente e entremeado com seus detalhados trabalhos de pesquisas. Logo em primeiras páginas guiadas pelas impressões do que não pode ser previsto, o celebrado autor Dan Brown revela-se um dos mestres do gênero.

E mais uma vez, vem o clichê. Dessa vez no comentário de todos em dizer que Brown estraga seus livros com seus finais. Todos o desenvolver do livro é enormemente envolvente. Todos os leitores ficariam impressionados com o que reservam para o final. Se envolver numa trama história, milenar e poderosa é sempre o ponto positivo para Brown e seu personagem Robert Langdon, mas o próprio criador não consegue encontrar a criação numa reta final perfeita, deixando todos com gosto de quero mais, infelizmente.

Autor: Dan Brown
Tradução: Celina Cavalcante Falck-Cook
Gênero: Suspense
Editora: Sextante
Nota: 3,5

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Mundo Fantasma

Ser chato, para muitos, é uma dádiva. Ser chato e mesmo assim, ser bem aceito mais ainda. Assim poderia resumir Mundo Fantasma se não fosse as observações de suas protagonistas. É inegável que Daniel Clowes escreva e descreva muito bem suas histórias, mas como todos bom autor, sempre tem uma obra questionável. Escrita em 1989 para sua revista Eigthball no formato sério, não demorou muito para tornar-se um sucesso pela crítica especializada. Com muito sarcasmo e uma visão bem peculiar do mundo, a série acompanhava o dia-a-dia de Enid e Becky, duas jovens com grande teor de cinismo e inteligência que na interpretação delas, são colocadas frente às mais bizarras situações e pessoas, sempre com uma critica mordaz à sociedade moderna na qual elas vivem. As observações das duas são sempre afiadas, o que deixa o desenvolver da história muito divertida, mas mesmo sendo afiadas e inteligentes, elas não sabem dividir o que é bom e ruim em várias coisas. Pessoas, então, nem se fala. E é justamente nesse ponto que está o erro de Mundo Fantasma. Com uma boa dose de referência ao Apanhador no Campo de Centeio, Clowes deixa a chatice de suas personagens sobressair mais fácil do que suas possíveis qualidades. Nem as duas escapam de suas críticas.

Chatices, por mais construtivas que sejam, sempre atrapalham. Uma não abre mão da outra, nem quando se trata de possíveis namoros e transas. Descobrir outras pessoas não está em cogitação, pois para elas, o mundo poderia ser pulverizado ou reformado para pessoas que girariam em torno de seus umbigos sujos. Enit é a mais cínica, sente medo do apaixonar-se e deseja que todos também sintam. Enquanto Becky quer sentir os prazeres eróticos e amorosos que sua amizade com Enit não permite. Se são tão amigas, para que evitar a vida uma da outra?

Em meados de 1997, os oito capítulos de Mundo Fantasma foram reunidos em um só volume que tornou-se a graphic novel independente mais bem-sucedida do mercado norte-americano de quadrinhos. A Gal Editora lançou esse único volume com extras imperdíveis para quem é fã de Clowes com notas sobre as referências à cultura pop encontradas no desfecho do livro, traduções e informações sobre as músicas "ouvidas" durante a história e até uma biografia do autor.

Autor e ilustrações: Daniel Clowes
Gênero: HQ's
Editora: Gal Editora
Nota: 3,0

terça-feira, 4 de junho de 2013

A Culpa é das Estrelas

Sentir-se triste não é pecado. Nunca foi e nunca será. Pecado é causar tristeza nas pessoas. Mas assim como todo pecado, nem toda tristeza é causada pela vontade. Assim resume-se o pecado do John Green. Além de escrever de forma simples e eficiente, o autor consegue emocionar e deixar todos os leitores pensando onde erraram no tratamento com outras pessoas. A honestidade de Green em suas descrições chegam a assustar. Sem escapar de forma alguma de uma escrita simples, Green sabe como prender os leitores até o final. Primeiro desenvolve personagens que cativam pessoas pela forma de pensar. Seguindo a lógica dos personagens, nada melhor do que deixá-los com ótimo gosto pela cultura pop. Como todos já sabem, A Culpa é das Estrelas fala de dois jovens com câncer, Hazel Grace e Augustus Water. Gus, como é chamado, não sofre mais com a doença que lhe custou uma perna, mas Hazel ainda luta contra um câncer no pulmão não causado por cigarros.

O problema é que nem sempre ter atenção e cuidados de pessoas próximas e amadas são tão desejados como se imaginam. Ter a impressão de que todos sentem pena de você por não ter saúde é péssimo, por mais que sintam inevitavelmente. Chamar atenção por um detalhe, mesmo que seja só uma máscara, ou tubo de oxigênio, não é agradável, ainda mais para pessoas que naturalmente não chamariam atenções por onde passaria. Assim resume-se Hazel, uma jovem discreta que chama atenção pelo fardo da doença que carrega. Augustus sofre do mesmo jeito, mas de jeito diferente. O andar manco não revela uma perna mecânica, mas ela sempre está lá, acompanhando sem perder a presença da ausência da perna verdadeira. Apaixonar-se por um livro chamado Uma Aflição Imperial fez com que os dois se aproximassem, mesmo que ainda o medo de serem fardos um para o outro.

Sem perder tempo, Green nos apresenta um romance bem estruturado pela doença que une os dois. Viajar juntos para Amsterdã para não aproveitar as formas de embriagar-se nas ruas vermelhas é quase como conhecer outro planeta sem precisar de um foguete. Os momentos que dois adolescentes em fase terminal da vida passam na Holanda são de dar inveja aos românticos espalhados no mundo. Se almejar conhecer pessoas na Holanda é algo bom, bom mesmo deve ser ganhar momentos românticos no Museu da Anne Frank.

Mas como todo autor moderno, John Green infelizmente entra na lista dos comparados do Nicholas Sparks. Tudo fica bem, mas sempre tem algo possivelmente abalador para acontecer. Obviamente, para alegria de todos, ele escapa do clichê desenfreado do Sparks, mas é inevitável comentar a semelhança entre suas obras. Frases de efeito são sempre bem colocadas entre linhas por Green. Sempre regadas por situações, não apenas estão la para compor linhas e frases sem pé nem cabeça. O trabalho de tradução que a Intrínseca fez para esse livro é incontestável, acertaram em cheio chamando Renata Pettengill. Despedidas são sempre péssimas, causam dores e deixam marcas profundas, mas dizer adeus para a certeza de nunca encontrar a pessoas que se foi é mais doloroso ainda. E assim "alguns infinitos são maiores do que outros" para muitas pessoas, principalmente para os que gostaram muito de A Culpa é das Estrelas.

Autor: John Green
Tradução: Renata Pettengill
Gênero: "sick-lit"/Literatura Estrangeira
Editora: Intrínseca
Nota: 5,0